Herança genética ou estilo de vida? O que pesa mais na sua saúde

Oi, gurias! Tudo bem por aí?

Hoje eu quero conversar sobre um tema que sempre aparece por aqui, seja nos nossos atendimentos ou nas caixinhas de perguntas do Instagram: “Kim, será que essa minha condição é herança genética?” ou “Meu corpo é assim por causa da genética da minha família?”

A resposta pode até surpreender você.

É verdade que a genética tem seu papel na nossa saúde, mas o que talvez você ainda não saiba é que menos de 1% das doenças têm origem puramente hereditária. Isso mesmo. 

O restante — mais de 99%! — está profundamente relacionado com o nosso estilo de vida: aquilo que comemos, o quanto nos movimentamos, como lidamos com o estresse, a qualidade do nosso sono, os cuidados diários com o corpo e com a mente.

Eu sempre gosto de lembrar que beleza e saúde caminham de mãos dadas. E quando a gente entende que grande parte do que acontece no nosso corpo depende das nossas escolhas, a sensação é libertadora. A gente deixa de ser refém de “destinos genéticos” e passa a assumir o protagonismo da nossa história.

Entendendo a diferença: genética x epigenética

Quando falamos em hereditariedade, estamos nos referindo aos genes que herdamos dos nossos pais e avós. Mas existe um campo chamado epigenética que é ainda mais fascinante. Ele estuda como o ambiente e os nossos hábitos podem “ligar ou desligar” certos genes.

Sim, gurias, é como se os nossos genes fossem uma lâmpada, mas o interruptor está nas nossas mãos. Alimentação desequilibrada, sedentarismo, noites mal dormidas, excesso de álcool, cigarro, estresse constante… tudo isso pode ativar predisposições genéticas que estavam ali quietinhas

Por outro lado, hábitos saudáveis podem manter esses mesmos genes “adormecidos” por toda a vida.

Ou seja: você não é seu DNA. Você é o que você faz com ele.

Mas Kim, então a herança genética não influencia em nada?

Claro que influencia, gurias. Não estou dizendo que ela é irrelevante. Algumas condições genéticas realmente existem e podem impactar bastante a saúde, como doenças autoimunes raras, síndromes genéticas ou predisposições muito específicas. Mas essas são exceções.

A maior parte dos problemas que vejo na clínica, como retenção de líquidos, inflamações, celulite acentuada, envelhecimento precoce, acúmulo de gordura localizada e até problemas hormonais, estão mais conectados ao dia a dia que levamos do que a uma “herança” familiar.

Vou dar um exemplo clássico: já ouvi de muitas gurias coisas como “minha mãe sempre teve celulite, então eu também tenho, é genético”. Mas quando a gente mergulha na rotina dessa família, encontramos padrões alimentares inflamatórios, consumo excessivo de açúcar, pouco consumo de água, vida sedentária e altos níveis de estresse. 

A genética até pode estar ali, mas quem está puxando o fio da história é o estilo de vida.

O corpo responde ao que você oferece a ele

Nosso corpo é como uma plantinha, gurias. Ele precisa de cuidado, presença, nutrição, descanso e movimento. Se você alimenta sua rotina com escolhas que inflamam, intoxicam ou sobrecarregam o organismo, vai acabar colhendo sintomas e desconfortos que poderiam ser evitados.

Por outro lado, quando você escolhe se alimentar de forma mais natural, movimentar o corpo com prazer, respirar fundo, cuidar das emoções e dar atenção à sua pele, o corpo responde com vitalidade, leveza e energia.

Já vi gurias que transformaram completamente a pele, o contorno corporal e até a autoestima ao mudarem pequenas coisas todos os dias. Não foi mágica, nem genética milagrosa. Foi constância, consciência e muito amor próprio.

A culpa não é sua, mas a escolha agora é

Eu sei que muita gente cresce ouvindo que está fadada a repetir os padrões da família: “todas as mulheres da família têm varizes”, “todo mundo aqui engorda fácil”, “é de família ter gordura no braço”. E, por um tempo, a gente até acredita nisso.

Mas quero te lembrar que você tem o poder de romper ciclos. Só porque algo sempre foi assim, não significa que precisa continuar sendo.

Esse texto não é sobre culpabilizar ninguém, tá? Eu sei que a vida é corrida, que nem sempre temos acesso fácil a alimentos frescos, tempo para treinar ou energia para pensar em autocuidado. A ideia aqui é justamente abrir os olhos para o que está nas suas mãos, e não apontar o dedo para o que fugiu do seu controle.

Escolhas conscientes para uma vida mais leve

Se você sente que precisa mudar, mas não sabe por onde começar, respira fundo. Comece com o que está ao seu alcance agora. Pequenos passos fazem grandes caminhos.

Algumas dicas que sempre compartilho com minhas gurias:

  • Beba mais água: parece simples, mas a maioria não toma nem 2 litros por dia. A retenção de líquidos agradece.
  • Movimente-se com prazer: dança, caminhada, pedalada, yoga… escolha algo que te dê alegria, e não punição.
  • Cuide do intestino: ele é seu segundo cérebro. Uma microbiota equilibrada é essencial para pele, humor e imunidade.
  • Durma melhor: sono não é luxo, é base da saúde. Priorize suas noites.
  • Desinflame sua alimentação: reduza o açúcar, os ultraprocessados e os excessos. Inclua mais frutas, vegetais, sementes, castanhas e comida de verdade.
  • Se olhe com carinho: pare de se comparar. Cada corpo tem seu ritmo, sua história, seu tempo. O que importa é como você se sente.

E na estética, o que a gente pode fazer?

Aqui na clínica, meu trabalho vai muito além do que aplico na sua pele. Eu olho você como um todo. Trato da retenção de líquidos, sim. Da flacidez, claro. Da gordura localizada, com certeza. Mas tudo isso com consciência, unindo tecnologia, conhecimento e um olhar acolhedor.

O lipolaser, os bioestimuladores… todos eles funcionam melhor quando vêm acompanhados de uma rotina que sustente os resultados. Por isso, sempre que você vem até mim, também recebe orientação, escuta e incentivo para se cuidar além da maca.

Você não é um rótulo, é um caminho em construção

Minha missão com esse texto, gurias, é te lembrar que você não está condenada a repetir padrões. O corpo muda. A saúde se transforma. A beleza floresce quando é cultivada com paciência, presença e intenção.

Se tem algo que você pode levar daqui é: a genética pode até te dar uma direção, mas quem decide o rumo final é você.

E se precisar de uma mãozinha nesse caminho, já sabe onde me encontrar, né?

Com carinho,
Dra. Kim Oliver